quarta-feira, 24 de setembro de 2008

"you talking to me? are you fu**** talkin' to me?"

sabem o que é giro? quando depois de uma noite passada a jogar quem quer ser milionario no tlm a volta de uma praça histórica, e depois de uns bolos deliciosos a 1 euro enquanto se viam revistas de moda, procuramos um taxi.

"está vago, abre a porta".

porta aberta pelo leonel. leonel espreita. momento de hesitação com duração de fardo de palha. fecha de novo e desfaz-se a rir silenciosamente. e andamos rapidamente movidos a vergonha.

será normal os taxistas checos estarem em boxers nos taxis a meio da noite?

hope not...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

...

j'aime des croissants.

grrrr

pequeno apontamento acerca do sentido estético checo (no fundo, internacional, mas este encontrámo-lo por cá)



dá outro sabor ao simples acto de passear pela rua, não dá?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

peixe, peixe peixe peixe peixe

o título acaso lembrou-vos um remoto episódio de rua sésamo?

pois.. como eu gostava de ter um barquinho de madeira também por aqui.

porque o peixe... bem... tão a ver diamantes? mmm.. rarinhos. e mal lapidados. mais ou menos essa a ideia

fresco nem em sonhos. (bem, vá, uma caixinha de salmão, que felizmente por cá ainda vai sendo ao mesmo preço daí). congelado também é algo raro. e o que há... bem, vejam por vocês mesmos:



e ainda...



bom... muito bom.

reencarnações

ao longo desta semana, não só descobri fui na minha vida passada, como também o que serei na próxima.

na passada, uma formiguinha.

na futura, uma bactéria. Mariannus açucaris. encontrada a viver nos potes de mel junto dos antigos faraós egípcios, quando se pensava que nenhum animal conseguiria sobreviver em meios tão doces.

serei objecto de estudo em micro daqui a uns 100 anos. orgulhem-se de mim :)

p.s. - porque é que não consigo parar de perseguir açúcar? será mesmo uma tarefa intemporal em mim? quero detoxxxxxx!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

chegámooooooossss (há uma semana, mas conta a intenção)

(para quem queria uma crónica da festa de despedida, ESTIVESSE LÁ)

Ora então aqui começa a esperada crónica por parte dos Olomoucianos.

Saímos do aeroporto do costume de manhã, no meio de despedidas das mamãs e amigos. Sem problemas alfandegários de maior, nós criamos os nossos próprios. Quase íamos perdendo bagagem, existiram mochilas a parir com dificuldade (sem epidural) portáteis, e até simulações de desistência com devido espancamento posterior.

E depois, 2 horas e tal depois, estávamos em Bergamo. Não sem gastar 5 euros numa sandwish a bordo, para entender como é que as viagens são tão baratas.

Depois… arrastar malas por todo o lado, ser italiano em Itália (lasanha, pizza, pasta e gelatto). Por falar em gelatto, reparem que marca tão apropriada para gelados…



Mais check in. Um em que parece que as normas internacionais funcionam um pouco ao contrário. Eu (mary) levava as minhas queridas seringas (que foram vistas no raio-x, certamente, e ninguém disse nada. Falei com o guarda, a dizer “I have LIQUID MEDICINE in my bag”. “yes, yes, go on. Turn on your lap top”. Brilhante. É muito fácil ser terrorista em Bergamo. A não ser que tenham um portátil sem bateria. Aí… cuidado!

E depois, uma visita ao free shop, fazer comprinhas com os olhos, que a bolsa é para outras coisas… e lá encontrámos isto: (em tua honra, Bez)



E ainda outra criatura. Um dispensador de smarties com uma forma muito sui generis, diríamos nós que fruto da criatividade de um designer um pouco desatento… ora nesta cinderela puxa-se o bracinho para baixo, e ora vejam lá de onde cai o smartie…



Apelidámo-la carinhosamente de CinderHolElla. Mas aceitamos outras sugestões da vossa parte.

(isto enquanto outras pessoas ficaram a guardar o lugar na fila de bergamo… com 500 mil malas, 2 pessoas… escusado dizer que quando chegou a mulher para começar o embarque perdemos o nosso lugar na parte inicial da fila...)


E já agora, alguém me pode explicar que sentido fazem os números nestas portas de embarque? É que nós não conseguimos entender o sentido oculto…


Mais um voo, Bratislava! E estávamos cada vez mais perto de destino, mas ainda faltava passar uma noite num hostel, escolhido em parte porque cada quarto tinha a sua cor e pareceu fofinho.

Simpatia? Bem… aquela que puder ser descoberta num virar de costas. “Slovak, slovak, no english!”, gesticulando como se não houvesse amanhã.

E uma ocupação quase total da parte de trás do autocarro. Depois uma instalação num hostel, cujo ex-libris era um cão que deve estar em fase final de alzheimer combinado com parkinson, porque começava a andar, decidido possivelmente por um destino, e depois parava, estático.



E nesta beeeela cidade (bem… o centro histórico, pelo menos), deu-se o primeiro encontro erásmico. Os Pedros vizinhos vieram ao nosso encontro e, para além de nos ajudarem a carregar a nossa montanha de malas, fomos todos juntos jantar. Fomos a um restaurante recomendado por um brasileiro, o Rafael, que nos ouviu falar português (alto, claro… ou não fossemos nós quem somos) e veio ter connosco. E o restaurante era encantador, barato e servia gnooooooooooooooooooooooooooooooooochiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Que é um prato eslovaco, que é basicamente massa coberta de queijo de cabra com bacon frito por cima. Parece nojento, mas nós estávamos com tanta tanta fome que foi tudo num instante. Ah, e para futura referência, grapefruit é toranja, não uva. Certo Leonel? Certo… as nossas papilas gustativas sofreram com este pequeno erro.

Um passeio pelo centro, hostel, pequeno almoço comprado numa mercearia, comboio (saga de arrastar novamente malas por corredores de comboio cheio de gente. Bem, mas no segundo comboio ainda conseguimos ficar numa cabine (tipo o que se vê nos filmes) a jogar ao olho, porque há que propagar as nossas tradições pelo estrangeiro, esse bonito e grande país).

e……….

OLOMOUC!!! Depois de meses a melgar-vos com os ouvidos com temas relacionados com erasmus, chegámos finalmente. E não podíamos estar mais contentes.


Apanhamos o tram para a residência, entusiasmadíssimos, e logo na recepção falamos com um espanhol, uma checa, um belga e uma portuguesa. Acho que já vos dá uma ideia do espírito que por cá se vive.

Os quartos são muito porreiros, como podem comprovar com os vossos olhos, nesta visita “privada”.


E depois, bora fazer as primeiras compras. A pé, mesmo à pobre. Lol. E fazer compras é um desafio, quando se tentam conjugar diversos factores como: saber o que se está a comprar (nomes em checo e traduções para polaco, húngaro e eslovaco), comprar barato e fazer o preço corresponder ao artigo (muitas vezes a única forma é comparar códigos de barras, o que hão-de concordar que ainda demora um bom tempo…).

Demorámos, pois claro. E fomos praticamente expulsos, porque chega às 21horas e caput. Fechou. Sim, é verdade, tudo fecha as 9. Praticamente não há restaurantes abertos a partir dessa hora. O que para nós, portugueses, que não é assim tão raro começar a pensar jantar as 9, é um verdadeiro choque cultural. Mas pronto, como fomos expulsos antes de chegarmos à água e leite, os básicos ficaram reduzidos a muito básicos. Tivemos de ir jantar ao centro, Smazení sýr (o z tem um circunflexo ao contrário em cima e lê-se J), que é um hambúrguer em que o bife é antes queijo frito. Que é muito bom, nada nojento como parece. Volta pelo centro, interpretação de esculturas, cama(i’m horny, i’m horny, horny, horny tonight!!).

Peculiaridade – os quartos não têm estores. O que acontece? Acorda-se às 11 e pouco (Mary), ainda que se esteja morto de cansaço há 2 dias (a Paula e o Leonel ainda aguentaram até as 14 :P). E como não há leite, come-se corn flakes com iogurte de baunilha. Não é mau… Até porque a parte boa de Erasmus começou nesse dia…


Depois de mais um dia extenuante de compras, e de nos fartarmos de usar o tram à borla (tudo para poupar 10 coroas… que é ainda menos que 50 centimos… e um passe para um dia são só 15 coroas… mas proooooooooontos, somos portugueses, forretas até ao tutano) lá fomos para o barzito da zona com o Mersad, um jugoslavo, bar esse também com “esculturas” bastante peculiares… Chega o Peter, chega o Alex, chega a Paloma, Isabel, Ana, Francisco, André, etc etc e mais uma vez Portugueses a dominar isto tudo!!

Foi uma “Super cena”, com semelhanças muito creepy com a nossa festa de despedida (também inclui o no woman no cry e o don’t touch my tra lala!!). Aqui apresentamos aos pobres e incultos estrangeiros famosíssimas tradições portuguesas tais como: sempre que chega alguém novo à mesa tem de enfiar gelo nas calças… E sim, eles caíram!!!



NESTA FOTO EU (Paula) ESTAVA APENAS A SEGURAR O COPO DE GELO!! Caso pareça outra coisa.

A outra tradição portuguesa apresentada foi o de rodar um pauzinho na mesa (como naquele jogo da garrafa) e as duas pessoas para quem apontasse teriam que pagar a enooorme conta… Poor Peter and Alex! Mas nós fomos bonzinhos e pagamos cada um o seu… apenas trouxemos um souvenir! Depois grande noite no Belmondo, com direito a X rated scenes de graça para as mulheres (esta gente é louca!!!)

O dia a seguir preferimos não comentar muito… Digamos que envolveu despejar tudo o que estava na nossa cozinha (da Mary e da Poli que o Leonel está noutro apartamento com Japonis) e esfregar, esfregar, esfregar… É o outro lado de Erasmus!




Ah e neste dia, o Leonel foi apanhado no tram sem bilhete… É que aqui, estupidamente, os picas não usam uniforme e também validam o seu bilhete (para quê?? Têm medo de ser apanhados por outros picas?? Será que o Leonel foi aldrabado?? É um prazer deles ver um papel a ser furado? Não percebemos.) Escusado será dizer que já tratamos do nosso passe para os 3 meses!

Bem, estamos agora a conhecer mais gente… Ao belo estilo português já nos tentamos mitrar em alguns jantares para não termos de cozinhar! A ver vamos!

E VIVA O GNOOOOOOOOOOOOOOOOCHIIII! E OS CURSOS INÚTEIS DE CHECO!!!

E O DRRRRRRRRRRRRRRJA = Ř em checo!

JSEM Z PORTUGALSKA! (isto quer dizer sou de portugal e não viva Portugal, mas dá para vos enganar)


p.s.- esta aqui o nosso amigo belgaWouter e, estando eu a dizer "pôr no sítio", ele entendeu "porno site". é só uma referência ao mix de línguas que para aqui vai. aliás, devem ter reparado que o ultimo post a paula (

lucie) escreveu em inglês. e ontem já dizia "mmm.... how do you say it in portuguese....". lol


e fica a foto dele para a posteridade



Sorry!

We're going to write very very very soon!! I mean, we`ve already written it but right now we`re in a polish girl's computer (Ola) so it's not here...

NOS AGUARDEM!!!

(My name is now Lucie and je suis francaise!!) Uh la la